ATENÇÃO…Comunicado as integrantes do nosso “Comitê Municipal ARARAS/SP e também a outros Comitês na REGIÃO Fórum Estadual de Mulheres Negras/SP… *REALIZADA* em 12/12/2014 na Capital Paulista a “Reunião do Núcleo Impulsor do Estado”…Conforme a Pauta a nós enviada…foi debatido e decidido manter a ***DATA de 13 de Maio de 2015*** para a 2015 – Marcha das Mulheres Negras em Brasília/DF.
Outra PONTUAÇÃO que considero necessária anotarmos…… é a proposta sobre a possibilidade da Reunião que deverá acontecer em BRASÍLIA/DF datada para …”Março de 2015″…, mesmo porque cada uma deverá chegar com “recursos próprios” ou seja de próprios direitos…no mais solicitamos considerarem “justificativa da nossa ausência” e aguardamos novas resoluções ou informações do Núcleo Impulsor/SP e das nossas companheiras no Interior Paulista e de Outros Estados que julguem necessárias comunicar-nos …AXÉ!!!
Compartilho o publicado pelo Face da Coordenadora Kika Silva/SP.……….”Apesar da chuva intensa que caia na sexta-feira dia 12/12/2014 na cidade de São Paulo, as companheiras compareceram a reunião do Núcleo Impulsor Estadual para a MMN2015, fizemos um bom debate a cerca da importância da manutenção da data 13 de Maio,e reafirmamos o compromisso de estarmos presentes nesta data em Brasilia. As companheiras da Conen Sandra Mariano e Silvia Helena Seixas, estiveram presentes, após terem cumprido uma extensa agenda no dia, importante a presença para fecharmos alguns encaminhamentos.”
MANIFESTO DO NÚCLEO IMPULSOR DO ESTADO DE SÃO PAULO PARA A “MARCHA DAS MULHERES NEGRAS 2015″ em Brasilia/DF.
27 de julho de 2014 às 17:23
Em 1995, depois de 300 anos de seu assassinato, Zumbi é oficialmente reconhecido pelo governo brasileiro como um herói nacional e os movimentos organizam a Marcha Zumbi dos Palmares – contra o Racismo, pela Igualdade e a Vida, realizada em 20 de novembro, em Brasília, com a participação de 30 mil pessoas.
Depois da vitoriosa Marcha Zumbi dos Palmares, duas marchas para Brasília são realizadas após dez anos, nos dias 16 e 22 de novembro de 2005, para comemorarmos o Zumbi + 10.
Em 2015, após vinte anos da marcha e da morte de Lélia Gonzalez, liderança Ativista dos movimentos negro e feminista, Lélia se tornou “ancestral” há 20 anos, deixando legado precioso no combate ao racismo e à discriminação da mulher negra, as mulheres negras brasileiras, retomando a ação política e sua presença organizada nas ruas, realizarão no dia 13 de Maio, em Brasília, a Marcha das Mulheres Negras – Contra o Racismo, a Violência e Pelo Bem Viver.
Construindo a nossa História com autonomia
“O importante é procurar estar atento aos processos que estão ocorrendo dentro dessa sociedade, não só em relação ao negro, ou em relação à mulher. Você tem que estar atento a esse processo global e atuar no interior dele para poder efetivamente desenvolver estratégias de luta. Só na prática é que se vai percebendo e construindo a identidade, porque o que está colocado em questão, também, é justamente uma identidade a ser construída, reconstruída, desconstruída, num processo dialético realmente muito rico.” – Lélia Gonzalez em entrevista concedida à revista SEAF.
Em meados dos anos 1970, as organizações do Movimento Negro discutiam as mazelas impostas pelo racismo estrutural sem deixar de chamar atenção para a situação das mulheres negras. Na década de 1980, na onda emergente da política de gênero, foram surgindo grupos de discussão sobre a especificidade da mulher negra e apontavam novas reflexões para o feminismo nascido fruto de uma realidade estruturada no escravismo, colonialismo e patriarcalismo.
No fim da década de 1980 mulheres negras aprofundam o debate do novo paradigma e se articulam em busca de resposta, diante da saga da luta da mulher negra, que remonta a cinco séculos neste país, desde Luiza Mahin, passando por Lélia Gonzalez, Beatriz Nascimento[1] e abarcando uma legião de mulheres negras na contemporaneidade que lutam pela presença política da mulher negra em cargos de poder até a recente organização das mulheres jovens e lésbicas negras. Essas mulheres definiram a importância do fortalecimento da organização da mulher negra, com novos instrumentos políticos para ampliar e aprofundar seu empoderamento e autonomia diante da opressão de raça, gênero e classe.
A nossa visibilidade política se ampliou a partir de 1995, o ano do Tricentenário da morte de Zumbi, quando participamos do Congresso Continental dos Povos Negros das Américas. À época apontou-se a necessidade de construção de uma política de solidariedade de gênero, raça e classe capaz de representar tanto a diversidade organizativa como a política do Movimento de Mulheres Negras no Brasil e América Latina e Caribe.
A tríplice exploração da mulher negra ao longo do século 20 estimulou o crescimento da liderança da mulher negra nos movimentos sociais, a exemplo de sua atuação nas Campanhas contra a Esterilização das Mulheres Negras, a Violência Doméstica, o Genocídio da Juventude Negra, e a Emenda Constitucional 72 de 2013, mais conhecida como PEC das Domésticas, que as trabalhadoras domésticas conquistam os mesmos direitos já concedidos às outras categorias profissionais.
Avanços e desafios
O Brasil como os demais países latino-americanos de tradição escravocrata e colonialista inaugurou a fase republicana com uma frágil democracia a partir de 2003. Desde 1995, os movimentos sociais feministas e antiracistas reivindicavam a criação de órgãos de governo que tratassem de políticas específicas. A Secretaria de Política para as Mulheres e a Secretaria da Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, ambas com status de Ministério, foram criadas como respostas pelo governo federal.
Mas, na contramão do avanço político, ainda temos no quadro social brasileiro a baixa qualidade de vida da mulher negra, cuja realidade pode ser diagnosticada a cada dado da pesquisa econômica. Estamos no século 21 e a globalização ainda é o carro chefe da economia mundial.
No cenário da atual crise financeira internacional, o capitalismo evidencia seu descontrole e avidez por mais e mais lucros e busca jogar nas costas dos que estão na base da pirâmide o alto custo da crise causado pela ciranda financeira mundial.
O recrudescimento do racismo, o desenvolvimento social e econômico no Brasil impacta profundamente na vida das mulheres negras e uma das conseqüências é a morte prematura de jovens e mulheres negras.
Estamos em marcha
Por novo Brasil sem machismo, sem homofobia, sem intolerância religiosa, sem racismo, preconceito e discriminação de qualquer natureza, que reconheça a voz das mulheres negras.
Estaremos nas ruas em 2015, resistimos através da nossa cultura, pois somos a resistência dos quilombos; somos a resistência dos terreiros; somos as cotistas que enegrecem as universidade e faculdades; somos aquelas que não aceitam o racismo; somos as que lutam diariamente pela igualdade real; somos aquelas que batem tambor; aquelas que amam seu cabelo afro; somos as que lutam contra a criminalização e genocídio de nossos filhos e irmãos; somos as que amamos nossa identidade negra; somos aquelas que brigam por melhores condições de trabalho; somos as que lutam pela descriminalização do aborto, legal e seguro; aquelas que desmistificam a imagem sexual que lhes é atribuída; somos as que exigem políticas de promoção da igualdade; somos aquelas que querem enegrecer o feminismo.
Em São Paulo, em 25 de Julho de 2014, Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Afro Caribenha e Dia Nacional de Teresa de Benguela[2] e da Mulher Negra, convocamos todas as forças do movimento de mulheres negras do Estado de São Paulo, partidos, sindicatos e centrais sindicais,ONGs, igrejas, movimentos populares, organizações estudantis de mulheres e de juventude para juntos construirmos a Marcha das Mulheres Negras 2015, momento importante da luta por um Brasil com soberania, com desenvolvimento social e econômico, sem racismo, discriminação, homofobia, machismo e intolerância religiosa.
MARCHAMOS POR:
• Na luta intransigente contra o racismo e discriminação racial
• Na luta pelo fim do machismo, sexismo e de toda violência de gênero, identidade de gênero e orientação sexual
• Na luta pelo fim da pobreza
• Na luta por mais emprego, melhores salários e igualdade salarial para as mulheres negras
• Na luta contra a exploração sexual das crianças e adolescentes
• Na luta contra todas as formas de violência
• Na luta contra a intolerância religiosa, respeito e preservação das religiões de matrizes africanas
• Pela preservação da biodiversidade e meio-ambiente, em defesa das Quilombolas, das Mulheres do Campo, da Floresta e das Águas.
• Pelo direito a educação pública de qualidade e acesso e permanência na universidade
• Pelo direito a saúde e direitos reprodutivos
• Na defesa da moradia digna, do direito à cidade e à urbanidade
• Pela valorização da trabalhadora doméstica PEC 72/13.
• Pelo empoderamento da mulher negra
• Contra o Genocídio da Juventude Negra e Periférica
• Por mais poder político para as mulheres negras
• Pelo reconhecimento e titulação de terras para as mulheres quilombolas
• Pela implementação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) alterada pela Lei 10.639/03
• Pelo reconhecimento e preservação dos saberes materiais e imateriais da população negra (cultura, tecnologia, arquitetura, culinária, etc.)
• Por uma política de comunicação de enfrentamento ao racismo com a consolidação de uma mídia igualitária, democrática e não racista
[1] Maria Beatriz Nascimento (1942-1995) foi uma historiadora, ativista negra e poetiza brasileira. Foi também roteirista e idealizadora do documentário “Ôri”, que retrata os movimentos negros brasileiros entre 1977-1988, passando pela relação entre África e Brasil.
[2]Tereza de Benguela foi uma liderança quilombola que viveu no século XVIII. Mulher de José Piolho, que chefiava o Quilombo do Piolho ou Quariterê, nos arredores de Vila Bela da Santíssima Trindade, Mato Grosso. Quando seu marido morreu, Tereza assumiu o comando daquela comunidade quilombola, revelando-se uma líder ainda mais implacável e obstinada Benguela comandou a estrutura política, econômica e administrativa do Quilombo, mantendo um sistema de defesa com armas trocadas com os brancos ou resgatadas das vilas próximas.
ESSA LUTA É DE TODAS NÓS…AVANÇA BRASIL…AXÉ!!!
Façam Contato conosco: para o Lançamento e Formação dos Comitês Municipais… PERSEVERANÇA…UNIDADE…mais um DESAFIO… AXÉ!!!
SÃO PAULO/CAPITAL – KIKA SILVA – https://www.facebook.com/kikabessen e Fórum Estadual de Mulheres Negras/SP
SUDESTE…Araras/SP Neuza Maria/Neide Barbosa https://www.facebook.com/neuzamaria.pereiralima…Site http://www.acafroararas.wordpress.com…; Pirassununga/SP Paula Camila – https://www.facebook.com/paulacamila.santossilva… Rio Claro/Kizie de Paula/Diva Egbomy…https://www.facebook.com/kiziedepaulaaguiar… São Carlos/SP Profª Carmelita Silva/Cassiano – https://www.facebook.com/carmelita.maria.2012… Limeira/SP Profª Eliza Gabriel/Elizangela https://www.facebook.com/cdcab…Araraquara Alessandra Laurindo/Rita de Cassia https://www.facebook.com/photo.php?fbid=833747886636687&set=pcb.833750229969786&type=1&theater Ribeirão Preto/SP Adria Maria Bezerra/Ana https://www.facebook.com/adriamariabezerra.ferreira?pnref=friends.search Piracicaba/SP Silvana Veríssimo HORTOLÂNDIA/SP…
Palavra LivrAberta…Caminho Democrático…AXÉ!!!…Neuza Maria,68 – Acafro – Araras/SP/BR.