Arquivo mensal: dezembro 2014

12/12/2014 – REALIZADA a REUNIÃO do NÚCLEO IMPULSOR na CAPITAL PAULISTA/Forum Estadual de Mulheres Negras de São Paulo/SP.

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ATENÇÃO…Comunicado as integrantes do nosso “Comitê Municipal ARARAS/SP e também a outros Comitês na REGIÃO Fórum Estadual de Mulheres Negras/SP… *REALIZADA* em 12/12/2014 na Capital Paulista a “Reunião do Núcleo Impulsor do Estado”…Conforme a Pauta a nós enviada…foi debatido e decidido manter a ***DATA de 13 de Maio de 2015*** para a 2015 – Marcha das Mulheres Negras em Brasília/DF.

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Outra PONTUAÇÃO que considero  necessária  anotarmos…… é a proposta sobre a possibilidade da Reunião que deverá acontecer em BRASÍLIA/DF datada para …”Março de 2015″…, mesmo porque cada uma deverá chegar com “recursos próprios” ou seja de próprios direitos…no mais solicitamos considerarem “justificativa da nossa ausência” e aguardamos novas resoluções ou informações do Núcleo Impulsor/SP e das nossas companheiras no Interior Paulista e de Outros Estados que julguem necessárias comunicar-nos …AXÉ!!!

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Compartilho o publicado pelo Face da Coordenadora Kika Silva/SP.……….”Apesar da chuva intensa que caia na sexta-feira dia 12/12/2014 na cidade de São Paulo, as companheiras compareceram a reunião do Núcleo Impulsor Estadual para a MMN2015, fizemos um bom debate a cerca da importância da manutenção da data 13 de Maio,e reafirmamos o compromisso de estarmos presentes nesta data em Brasilia. As companheiras da Conen Sandra Mariano e Silvia Helena Seixas, estiveram presentes, após terem cumprido uma extensa agenda no dia, importante a presença para fecharmos alguns encaminhamentos.”

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MANIFESTO DO NÚCLEO IMPULSOR DO ESTADO DE SÃO PAULO PARA A “MARCHA DAS MULHERES NEGRAS 2015″ em Brasilia/DF.
27 de julho de 2014 às 17:23
Em 1995, depois de 300 anos de seu assassinato, Zumbi é oficialmente reconhecido pelo governo brasileiro como um herói nacional e os movimentos organizam a Marcha Zumbi dos Palmares – contra o Racismo, pela Igualdade e a Vida, realizada em 20 de novembro, em Brasília, com a participação de 30 mil pessoas.
Depois da vitoriosa Marcha Zumbi dos Palmares, duas marchas para Brasília são realizadas após dez anos, nos dias 16 e 22 de novembro de 2005, para comemorarmos o Zumbi + 10.
Em 2015, após vinte anos da marcha e da morte de Lélia Gonzalez, liderança Ativista dos movimentos negro e feminista, Lélia se tornou “ancestral” há 20 anos, deixando legado precioso no combate ao racismo e à discriminação da mulher negra, as mulheres negras brasileiras, retomando a ação política e sua presença organizada nas ruas, realizarão no dia 13 de Maio, em Brasília, a Marcha das Mulheres Negras – Contra o Racismo, a Violência e Pelo Bem Viver.
Construindo a nossa História com autonomia
“O importante é procurar estar atento aos processos que estão ocorrendo dentro dessa sociedade, não só em relação ao negro, ou em relação à mulher. Você tem que estar atento a esse processo global e atuar no interior dele para poder efetivamente desenvolver estratégias de luta. Só na prática é que se vai percebendo e construindo a identidade, porque o que está colocado em questão, também, é justamente uma identidade a ser construída, reconstruída, desconstruída, num processo dialético realmente muito rico.” – Lélia Gonzalez em entrevista concedida à revista SEAF.
Em meados dos anos 1970, as organizações do Movimento Negro discutiam as mazelas impostas pelo racismo estrutural sem deixar de chamar atenção para a situação das mulheres negras. Na década de 1980, na onda emergente da política de gênero, foram surgindo grupos de discussão sobre a especificidade da mulher negra e apontavam novas reflexões para o feminismo nascido fruto de uma realidade estruturada no escravismo, colonialismo e patriarcalismo.
No fim da década de 1980 mulheres negras aprofundam o debate do novo paradigma e se articulam em busca de resposta, diante da saga da luta da mulher negra, que remonta a cinco séculos neste país, desde Luiza Mahin, passando por Lélia Gonzalez, Beatriz Nascimento[1] e abarcando uma legião de mulheres negras na contemporaneidade que lutam pela presença política da mulher negra em cargos de poder até a recente organização das mulheres jovens e lésbicas negras. Essas mulheres definiram a importância do fortalecimento da organização da mulher negra, com novos instrumentos políticos para ampliar e aprofundar seu empoderamento e autonomia diante da opressão de raça, gênero e classe.
A nossa visibilidade política se ampliou a partir de 1995, o ano do Tricentenário da morte de Zumbi, quando participamos do Congresso Continental dos Povos Negros das Américas. À época apontou-se a necessidade de construção de uma política de solidariedade de gênero, raça e classe capaz de representar tanto a diversidade organizativa como a política do Movimento de Mulheres Negras no Brasil e América Latina e Caribe.
A tríplice exploração da mulher negra ao longo do século 20 estimulou o crescimento da liderança da mulher negra nos movimentos sociais, a exemplo de sua atuação nas Campanhas contra a Esterilização das Mulheres Negras, a Violência Doméstica, o Genocídio da Juventude Negra, e a Emenda Constitucional 72 de 2013, mais conhecida como PEC das Domésticas, que as trabalhadoras domésticas conquistam os mesmos direitos já concedidos às outras categorias profissionais.
Avanços e desafios
O Brasil como os demais países latino-americanos de tradição escravocrata e colonialista inaugurou a fase republicana com uma frágil democracia a partir de 2003. Desde 1995, os movimentos sociais feministas e antiracistas reivindicavam a criação de órgãos de governo que tratassem de políticas específicas. A Secretaria de Política para as Mulheres e a Secretaria da Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, ambas com status de Ministério, foram criadas como respostas pelo governo federal.
Mas, na contramão do avanço político, ainda temos no quadro social brasileiro a baixa qualidade de vida da mulher negra, cuja realidade pode ser diagnosticada a cada dado da pesquisa econômica. Estamos no século 21 e a globalização ainda é o carro chefe da economia mundial.
No cenário da atual crise financeira internacional, o capitalismo evidencia seu descontrole e avidez por mais e mais lucros e busca jogar nas costas dos que estão na base da pirâmide o alto custo da crise causado pela ciranda financeira mundial.
O recrudescimento do racismo, o desenvolvimento social e econômico no Brasil impacta profundamente na vida das mulheres negras e uma das conseqüências é a morte prematura de jovens e mulheres negras.
Estamos em marcha
Por novo Brasil sem machismo, sem homofobia, sem intolerância religiosa, sem racismo, preconceito e discriminação de qualquer natureza, que reconheça a voz das mulheres negras.
Estaremos nas ruas em 2015, resistimos através da nossa cultura, pois somos a resistência dos quilombos; somos a resistência dos terreiros; somos as cotistas que enegrecem as universidade e faculdades; somos aquelas que não aceitam o racismo; somos as que lutam diariamente pela igualdade real; somos aquelas que batem tambor; aquelas que amam seu cabelo afro; somos as que lutam contra a criminalização e genocídio de nossos filhos e irmãos; somos as que amamos nossa identidade negra; somos aquelas que brigam por melhores condições de trabalho; somos as que lutam pela descriminalização do aborto, legal e seguro; aquelas que desmistificam a imagem sexual que lhes é atribuída; somos as que exigem políticas de promoção da igualdade; somos aquelas que querem enegrecer o feminismo.
Em São Paulo, em 25 de Julho de 2014, Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Afro Caribenha e Dia Nacional de Teresa de Benguela[2] e da Mulher Negra, convocamos todas as forças do movimento de mulheres negras do Estado de São Paulo, partidos, sindicatos e centrais sindicais,ONGs, igrejas, movimentos populares, organizações estudantis de mulheres e de juventude para juntos construirmos a Marcha das Mulheres Negras 2015, momento importante da luta por um Brasil com soberania, com desenvolvimento social e econômico, sem racismo, discriminação, homofobia, machismo e intolerância religiosa.
MARCHAMOS POR:
• Na luta intransigente contra o racismo e discriminação racial
• Na luta pelo fim do machismo, sexismo e de toda violência de gênero, identidade de gênero e orientação sexual
• Na luta pelo fim da pobreza
• Na luta por mais emprego, melhores salários e igualdade salarial para as mulheres negras
• Na luta contra a exploração sexual das crianças e adolescentes
• Na luta contra todas as formas de violência
• Na luta contra a intolerância religiosa, respeito e preservação das religiões de matrizes africanas
• Pela preservação da biodiversidade e meio-ambiente, em defesa das Quilombolas, das Mulheres do Campo, da Floresta e das Águas.
• Pelo direito a educação pública de qualidade e acesso e permanência na universidade
• Pelo direito a saúde e direitos reprodutivos
• Na defesa da moradia digna, do direito à cidade e à urbanidade
• Pela valorização da trabalhadora doméstica PEC 72/13.
• Pelo empoderamento da mulher negra
• Contra o Genocídio da Juventude Negra e Periférica
• Por mais poder político para as mulheres negras
• Pelo reconhecimento e titulação de terras para as mulheres quilombolas
• Pela implementação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) alterada pela Lei 10.639/03
• Pelo reconhecimento e preservação dos saberes materiais e imateriais da população negra (cultura, tecnologia, arquitetura, culinária, etc.)
• Por uma política de comunicação de enfrentamento ao racismo com a consolidação de uma mídia igualitária, democrática e não racista
[1] Maria Beatriz Nascimento (1942-1995) foi uma historiadora, ativista negra e poetiza brasileira. Foi também roteirista e idealizadora do documentário “Ôri”, que retrata os movimentos negros brasileiros entre 1977-1988, passando pela relação entre África e Brasil.
[2]Tereza de Benguela foi uma liderança quilombola que viveu no século XVIII. Mulher de José Piolho, que chefiava o Quilombo do Piolho ou Quariterê, nos arredores de Vila Bela da Santíssima Trindade, Mato Grosso. Quando seu marido morreu, Tereza assumiu o comando daquela comunidade quilombola, revelando-se uma líder ainda mais implacável e obstinada Benguela comandou a estrutura política, econômica e administrativa do Quilombo, mantendo um sistema de defesa com armas trocadas com os brancos ou resgatadas das vilas próximas.
ESSA LUTA É DE TODAS NÓS…AVANÇA BRASIL…AXÉ!!!

Façam Contato conosco: para o Lançamento e Formação dos Comitês Municipais… PERSEVERANÇA…UNIDADE…mais um DESAFIO… AXÉ!!!

SÃO PAULO/CAPITAL – KIKA SILVAhttps://www.facebook.com/kikabessen e Fórum Estadual de Mulheres Negras/SP

SUDESTE…Araras/SP Neuza Maria/Neide Barbosa https://www.facebook.com/neuzamaria.pereiralima…Site http://www.acafroararas.wordpress.com…; Pirassununga/SP Paula Camila – https://www.facebook.com/paulacamila.santossilva… Rio Claro/Kizie de Paula/Diva Egbomy…https://www.facebook.com/kiziedepaulaaguiar… São Carlos/SP Profª Carmelita Silva/Cassiano –  https://www.facebook.com/carmelita.maria.2012… Limeira/SP Profª Eliza Gabriel/Elizangela https://www.facebook.com/cdcab…Araraquara Alessandra Laurindo/Rita de Cassia  https://www.facebook.com/photo.php?fbid=833747886636687&set=pcb.833750229969786&type=1&theater Ribeirão Preto/SP Adria Maria Bezerra/Ana https://www.facebook.com/adriamariabezerra.ferreira?pnref=friends.search Piracicaba/SP Silvana Veríssimo HORTOLÂNDIA/SP…

Palavra LivrAberta…Caminho Democrático…AXÉ!!!…Neuza Maria,68 – Acafro – Araras/SP/BR.

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CONFIRMADA REUNIÃO do NÚCLEO IMPULSOR de SÃO PAULO/Capital… Data 12/12/2014AXÉ!!! Fórum Estadual de Mulheres Negras/SP.

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ATENÇÃO… CONFIRMADA REUNIÃO do NÚCLEO IMPULSOR de SÃO PAULO…AXÉ!!!

Reunião do Núcleo Impulsor de São Paulo para a Marcha das Mulheres Negras 2015.

QUANDO: 12 de Dezembro de 2014 – as 18hs

ONDE: SINDSEP, na Rua da Quitanda, 162, 1º andar (referencia Praça Patriarca).

PAUTA:
1) INFORMES SOBRE A REUNIÃO NACIONAL EM SALVADOR E PROPOSTA DE MUDANÇA DE DATA EM 2015.

2) CALENDÁRIO REUNIÕES 2015

3) ELEIÇÕES 2014 – O QUE SIGNIFICOU PARA AS MULHERES NEGRAS –

A sua presença e da sua organização é muito importante, compareça!

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Núcleo Impulsor do Estado de São Paulo da Marcha das Mulheres Negras 2015
Ubuntu!                                                   

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COMUNICAÇÃO…TRANSMITIMOS aos Comitês Municipais o “Informado” por Doné Kika Silva…Representante do Núcleo Impulsor da MARCHA 2015/Brasília DF…Coordenadora do Fórum Estadual de Mulheres Negras no Estado de São Paulo…

CONFIRAM as propostas por favor:..e manifeste-se quem poderá chegar a Sampa… pois pelo visto está em Pauta …”possível mudança da DATA para a Marcha proposta inicialmente”…AXÉ!!!

Companheiras,

Passado o período eleitoral em que praticamente todas nós estávamos envolvidas no processo eleitoral, retomaremos as nossas reuniões.Embora este mês de dezembro também seja complicado para algumas de nós em função do encerramento do ano e também da “compras” natalinas, necessitamos fazer uma ultima reunião ainda este ano para atualização sobre as deliberações do Núcleo Impulsor Nacional da MMN2015.

Para tanto estou propondo a todas, que nossa reunião seja na próxima sexta-feira dia 12 de Dezembro de 2014, as 18h30(com inicio o mais tardar as 19hs) no Sindsep onde vimos fazendo nossas reuniões.

Já entrei em contato com a Sandra do Sindsep, que vem nos ajudando neste sentido e estou aguardando sua resposta em relação ao espaço; por outro lado penso que deveríamos fazer um esforço para realizarmos esta reunião.

Proposta inicial para a pauta:

Informes sobre as reuniões nacionais e mudança de data da marcha.

Revisitando nosso planejamento

Breve análise sobre o que foi as eleições 2014 e o que representa para nós.

Aguardo sugestões e solicito a todas que compartilhem em suas redes e com as companheiras que por ventura não estejam cadastradas neste e-mail: marchanegras2015.sp@gmail.com.

Comunicado recebido de …Doné Kika de Gbessen

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Fotos das Reuniões do Núcleo Impulsor do Estado de São Paulo da Marcha das Mulheres Negras 2015
Ubuntu!

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Comitê Municipal de ARARAS/SP/BR…ATIVIDADE realizada em 23/11/2014… na Programação do “MÊS da CONSCIÊNCIA NEGRA”… LOCAL – Sindicato dos Metalúrgicos de Araras/SP – Rua Luiz Sttéfano sn – Vila D. Rosa Zurita… AXÉ!!!…AGRADECIMENTO a TODAS(AS)…AXÉ!!!

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MANIFESTO DO NÚCLEO IMPULSOR DO ESTADO DE SÃO PAULO PARA A MARCHA DAS MULHERES NEGRAS 2015
27 de julho de 2014 às 17:23
Em 1995, depois de 300 anos de seu assassinato, Zumbi é oficialmente reconhecido pelo governo brasileiro como um herói nacional e os movimentos organizam a Marcha Zumbi dos Palmares – contra o Racismo, pela Igualdade e a Vida, realizada em 20 de novembro, em Brasília, com a participação de 30 mil pessoas.
Depois da vitoriosa Marcha Zumbi dos Palmares, duas marchas para Brasília são realizadas após dez anos, nos dias 16 e 22 de novembro de 2005, para comemorarmos o Zumbi + 10.
Em 2015, após vinte anos da marcha e da morte de Lélia Gonzalez, liderança Ativista dos movimentos negro e feminista, Lélia se tornou “ancestral” há 20 anos, deixando legado precioso no combate ao racismo e à discriminação da mulher negra, as mulheres negras brasileiras, retomando a ação política e sua presença organizada nas ruas, realizarão no dia 13 de Maio, em Brasília, a Marcha das Mulheres Negras – Contra o Racismo, a Violência e Pelo Bem Viver.
Construindo a nossa História com autonomia
“O importante é procurar estar atento aos processos que estão ocorrendo dentro dessa sociedade, não só em relação ao negro, ou em relação à mulher. Você tem que estar atento a esse processo global e atuar no interior dele para poder efetivamente desenvolver estratégias de luta. Só na prática é que se vai percebendo e construindo a identidade, porque o que está colocado em questão, também, é justamente uma identidade a ser construída, reconstruída, desconstruída, num processo dialético realmente muito rico.” – Lélia Gonzalez em entrevista concedida à revista SEAF.
Em meados dos anos 1970, as organizações do Movimento Negro discutiam as mazelas impostas pelo racismo estrutural sem deixar de chamar atenção para a situação das mulheres negras. Na década de 1980, na onda emergente da política de gênero, foram surgindo grupos de discussão sobre a especificidade da mulher negra e apontavam novas reflexões para o feminismo nascido fruto de uma realidade estruturada no escravismo, colonialismo e patriarcalismo.
No fim da década de 1980 mulheres negras aprofundam o debate do novo paradigma e se articulam em busca de resposta, diante da saga da luta da mulher negra, que remonta a cinco séculos neste país, desde Luiza Mahin, passando por Lélia Gonzalez, Beatriz Nascimento[1] e abarcando uma legião de mulheres negras na contemporaneidade que lutam pela presença política da mulher negra em cargos de poder até a recente organização das mulheres jovens e lésbicas negras. Essas mulheres definiram a importância do fortalecimento da organização da mulher negra, com novos instrumentos políticos para ampliar e aprofundar seu empoderamento e autonomia diante da opressão de raça, gênero e classe.
A nossa visibilidade política se ampliou a partir de 1995, o ano do Tricentenário da morte de Zumbi, quando participamos do Congresso Continental dos Povos Negros das Américas. À época apontou-se a necessidade de construção de uma política de solidariedade de gênero, raça e classe capaz de representar tanto a diversidade organizativa como a política do Movimento de Mulheres Negras no Brasil e América Latina e Caribe.
A tríplice exploração da mulher negra ao longo do século 20 estimulou o crescimento da liderança da mulher negra nos movimentos sociais, a exemplo de sua atuação nas Campanhas contra a Esterilização das Mulheres Negras, a Violência Doméstica, o Genocídio da Juventude Negra, e a Emenda Constitucional 72 de 2013, mais conhecida como PEC das Domésticas, que as trabalhadoras domésticas conquistam os mesmos direitos já concedidos às outras categorias profissionais.
Avanços e desafios
O Brasil como os demais países latino-americanos de tradição escravocrata e colonialista inaugurou a fase republicana com uma frágil democracia a partir de 2003. Desde 1995, os movimentos sociais feministas e antiracistas reivindicavam a criação de órgãos de governo que tratassem de políticas específicas. A Secretaria de Política para as Mulheres e a Secretaria da Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, ambas com status de Ministério, foram criadas como respostas pelo governo federal.
Mas, na contramão do avanço político, ainda temos no quadro social brasileiro a baixa qualidade de vida da mulher negra, cuja realidade pode ser diagnosticada a cada dado da pesquisa econômica. Estamos no século 21 e a globalização ainda é o carro chefe da economia mundial.
No cenário da atual crise financeira internacional, o capitalismo evidencia seu descontrole e avidez por mais e mais lucros e busca jogar nas costas dos que estão na base da pirâmide o alto custo da crise causado pela ciranda financeira mundial.
O recrudescimento do racismo, o desenvolvimento social e econômico no Brasil impacta profundamente na vida das mulheres negras e uma das conseqüências é a morte prematura de jovens e mulheres negras.
Estamos em marcha
Por novo Brasil sem machismo, sem homofobia, sem intolerância religiosa, sem racismo, preconceito e discriminação de qualquer natureza, que reconheça a voz das mulheres negras.
Estaremos nas ruas em 2015, resistimos através da nossa cultura, pois somos a resistência dos quilombos; somos a resistência dos terreiros; somos as cotistas que enegrecem as universidade e faculdades; somos aquelas que não aceitam o racismo; somos as que lutam diariamente pela igualdade real; somos aquelas que batem tambor; aquelas que amam seu cabelo afro; somos as que lutam contra a criminalização e genocídio de nossos filhos e irmãos; somos as que amamos nossa identidade negra; somos aquelas que brigam por melhores condições de trabalho; somos as que lutam pela descriminalização do aborto, legal e seguro; aquelas que desmistificam a imagem sexual que lhes é atribuída; somos as que exigem políticas de promoção da igualdade; somos aquelas que querem enegrecer o feminismo.
Em São Paulo, em 25 de Julho de 2014, Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Afro Caribenha e Dia Nacional de Teresa de Benguela[2] e da Mulher Negra, convocamos todas as forças do movimento de mulheres negras do Estado de São Paulo, partidos, sindicatos e centrais Sindicais, ONGs, Igrejas, Movimentos Populares, Organizações Estudantis de Mulheres e de Juventude para juntos construirmos a Marcha das Mulheres Negras 2015, momento importante da luta por um Brasil com soberania, com desenvolvimento social e econômico, sem racismo, discriminação, homofobia, machismo e intolerância religiosa.
MARCHAMOS POR:
• Na luta intransigente contra o racismo e discriminação racial
• Na luta pelo fim do machismo, sexismo e de toda violência de gênero, identidade de gênero e orientação sexual
• Na luta pelo fim da pobreza
• Na luta por mais emprego, melhores salários e igualdade salarial para as mulheres negras
• Na luta contra a exploração sexual das crianças e adolescentes
• Na luta contra todas as formas de violência
• Na luta contra a intolerância religiosa, respeito e preservação das religiões de matrizes africanas
• Pela preservação da biodiversidade e meio-ambiente, em defesa das Quilombolas, das Mulheres do Campo, da Floresta e das Águas.
• Pelo direito a educação pública de qualidade e acesso e permanência na universidade
• Pelo direito a saúde e direitos reprodutivos
• Na defesa da moradia digna, do direito à cidade e à urbanidade
• Pela valorização da trabalhadora doméstica PEC 72/13.
• Pelo empoderamento da mulher negra
• Contra o Genocídio da Juventude Negra e Periférica
• Por mais poder político para as mulheres negras
• Pelo reconhecimento e titulação de terras para as mulheres quilombolas
• Pela implementação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) alterada pela Lei 10.639/03
• Pelo reconhecimento e preservação dos saberes materiais e imateriais da população negra (cultura, tecnologia, arquitetura, culinária, etc.)
• Por uma política de comunicação de enfrentamento ao racismo com a consolidação de uma mídia igualitária, democrática e não racista
[1] Maria Beatriz Nascimento (1942-1995) foi uma historiadora, ativista negra e poetiza brasileira. Foi também roteirista e idealizadora do documentário “Ôri”, que retrata os movimentos negros brasileiros entre 1977-1988, passando pela relação entre África e Brasil.
[2]Tereza de Benguela foi uma liderança quilombola que viveu no século XVIII. Mulher de José Piolho, que chefiava o Quilombo do Piolho ou Quariterê, nos arredores de Vila Bela da Santíssima Trindade, Mato Grosso. Quando seu marido morreu, Tereza assumiu o comando daquela comunidade quilombola, revelando-se uma líder ainda mais implacável e obstinada Benguela comandou a estrutura política, econômica e administrativa do Quilombo, mantendo um sistema de defesa com armas trocadas com os brancos ou resgatadas das vilas próximas.

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Nós do Comitê Municipal de Araras/SP/BR…AGRADECEMOS o RELATÓRIO da REUNIÃO DO NÚCLEO IMPULSOR do Estado da BAHIA… realizada nos DIAS 08 e 09 de Novembro 2014… visando a Organização Nacional para a “2015 MARCHA das Mulheres Negras em Brasília/DF”… Gentilmente a nós enviado no nosso email acafroararas@hotmail.com… pela Silvana Veríssimo/Piracicaba/SP…https://www.facebook.com/silvana.verissimo.1?ref=ts&fref=ts.

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NOTIFICO aqui especialmente as Integrantes do nosso “Comitê Municipal em Araras/SP”…a  meu ver o que é importante ser  observado pelos  “COMITÊS MUNICIPAIS na nossa REGIÃO”…AXÉ!!!

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Ao Estado de SÃO PAULO do meu ponto de vista – Cabe-nos OBSERVAR  no referido Relatório:
– SERÁ PREPARADO UM DOCUMENTO ORIENTADOR a TODAS pela… A AMNB que está organizando um documento que pode servir como norteador para a Marcha, a decisão sobre o documento sairá até dia 10 de dezembro, após reunião da Articulação;
– 08/03/2015 – Dia Internacional pelos Direitos das Mulheres – ATIVIDADES da MARCHA em TODOS OS ESTADOS.
– 20 a 22/03/2015– Seminário Nacional – Em Brasília ou Rio de Janeiro ( organizadoras Clátia Regina e Regina Adami)-  OBS: Despesas pagas pelas próprias participantes ou entidades.

ESTE O RELATÓRIO RECEBIDO:

*** Nos dias 8 e 9 de novembro de 2014, o núcleo impulsor da Marcha de mulheres negras contra o racismo, a violência e pelo bem viver se reuniu em Salvador/ BA, e discutiu a pauta a baixo:***

3ª REUNIÃO DO NÚCLEO IMPULSOR NACIONAL DA MARCHA DE MULHERES NEGRAS CONTRA O RACISMO, A VIOLÊNCIA E PELO BEM VIVER.
Presentes:
Ieda Leal de Souza- GO-MNU- filhaleal@yahoo.com.br.
Clátia Regina Vieira- RJ-FNMN – clatiaregina@hotmail.com.
Katia Penha-ES- CONAQ- penha.katia@gmail.com.
Creuza Oliveira-BA-FENATRAD- creuzamaria@ig.com.br.
Valdecir Nascimento-BA-AMNB- odarainstituto@gmail.com.
Rosilene Torquato- RJ-APNS- rosilenetorquato@ig.com.br.
Regina Adami-DF-AMNB- reginaadami@gmail.com.
Janete Fernandes Suzart- BA-FNMN- Janeth.suzarth@gmail.com.
Girlene Santana- BA- UNEGRO- filosofiag@oi.com.br.
Convidadas:
Valda França- BA- FNMN
Gicélia Cruz- BA- FNMN
Lindinalva de Paula- BA-RMNN
Suely Souza- BA- RMNN/MNU
Ednalva Bispo- BA- FNMN
Isabel Felipe Brandão-BA- FNMN/UNEGRO
Nos dias 8 e 9 de novembro de 2014, o núcleo impulsor da Marcha de mulheres negras contra o racismo, a violência e pelo bem viver se reuniu em Salvador/ BA, e discutiu a pauta a baixo:
– Avaliação do lançamento da Marcha nos estados
– Análise da atual conjuntura política
– Mobilização e estrutura da Marcha
– Calendário de atividades
– Informes
O primeiro ponto de pauta a ser discutido foi a atual conjuntura política, durante as explanações coloca-se que os resultados das últimas eleições sinalizou uma forte mobilização da extrema direita, o que pode ser preocupante, pois poderá haver um retrocesso nas políticas para a promoção racial; outro ponto analisado foi o desgaste do modelo político econômico, que faz com que quem chega ao poder muitas atitudes não diferem daqueles que se colocam contra as questões raciais.
Analisou-se ainda que os resultados negativos para os candidatos negros pode ter sido o afastamento da militância nas bases, foi sentida também a falta de uma pauta durante a campanha do PT, á presidência relativa às questões raciais, e as questões quilombolas; os negros e negras encontram-se em gestões e pastas sem recursos o que dificulta o enfrentamento ás questões raciais.
Também se fez uma leitura a partir do lugar da população historicamente excluída, surgindo daí uma grande questão, como lidar com essa conjuntura? Avaliando que o resultado das urnas inevitavelmente confere a vitória dessa parcela da população e que essa marcha que já vem pontuando essas desigualdades, clamando contra a violência e o racismo, não deve recuar. Concluindo que nessa conjuntura, apesar de todos os problemas, a marcha se fortalece.
O segundo ponto da pauta foi a avaliação do lançamento da Marcha nos estados; no mês de julho 25 estados lançaram a Marcha a nível nacional no entanto as outras agendas, como o processo eleitoral, a copa mundial de futebol, acabou por atropelar o andamento satisfatório da Marcha em todos os estados, nesse momento aos poucos o processo vai sendo retomado.
A meta principal dos estados é abranger um maior número possível de municípios. Como meta a CONAQ, vem pensando como envolver as mulheres quilombolas na Marcha, trazendo pelo menos um ônibus. No triângulo mineiro estão realizando a mobilização dentro dos 16 dias de ativismo. Na Bahia a mobilização iniciou em 2012, a tônica é a autonomia dos municípios, que eles possam se organizar para estarem na Marcha.
Como encaminhamentos:
-Colocar no site todas as atividades que os estados vêm realizando para mobilização e divulgação da Marcha;
-Fortalecer no facebook a mobilização da Marcha com mensagens rápidas, esse meio já se mostrou bastante eficiente em outras situações;
– Envio da logomarca da Marcha; (Regina Adami)
-A AMNB está organizando um documento que pode servir como norteador para a Marcha, a decisão sobre o documento sairá até dia 10 de dezembro, após reunião da Articulação;
– Plenária do Núcleo impulsor nos dias 9 e 10 de dezembro em Salvador, as despesas pelo deslocamento (passagens, hospedagem), serão pagas pelas entidades;
– As representantes do núcleo impulsor da Bahia, fica encarregada de construir o ofício para o diálogo com os representantes dos estados e municípios (governadores e prefeitos);
– No dia da Marcha, 13 de maio de 2015, será entregue um documento á presidente Dilma.
Calendário:
15/11- Caminhada Engenho Velho da Federação- Salvador
16/11- Caminhada do Subúrbio- Salvador
20/11- Mobilização da Marcha com atividades em todos os estados
21/11- Vigília Preta- Dique do Tororó(16 dias de ativismo)- Salvador
03/12- Debate sobre o Bem Viver- Salvador
07/12- Caminhada do Samba- Salvador
09 e 10/12- Plenária do NI (núcleo impulsor)- Salvador
08/03/2015- Atividades da Marcha em todos os estados
20 a 22/03/2015- Seminário Nacional-Brasília ou Rio de Janeiro ( organizadoras Clátia Regina e Regina Adami)- Despesas pagas pelos participantes ou entidades.

Palavra Livr’Aberta…Caminho Democrático… AXÉ!!!

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Neuza Maria, 68 – ACAFRO/Araras/SP/BR

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SP – Estamos em Marcha 2015…ARARAS, RIO CLARO, PIRASSUNUNGA, LIMEIRA,  SÃO CARLOS, ARARAQUARA, PIRACICABA, HORTOLÂNDIA, RIBEIRÃO PRETO, SÃO JOÃO da BOA VISTA…AXÉ!!!

RESOLUÇÕES NAS REUNIÕES DE ARTICULAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS COMITÊS na Capital e no Interior Paulista  PARA A MARCHA DAS MULHERES NEGRAS“KIKA SILVA” éMEMBRO do Núcleo Impulsor Nacional e Fórum Estadual de Mulheres Negras/SP… e Neuza Maria Pereira lima/Repres. do Fórum/SP Coorden. Núcleos do Interior Paulista Região Sudeste https://www.facebook.com/neuzamaria.pereiralima … ESTE O ***MANIFESTO do NÚCLEO IMPULSOR DO ESTADO DE SÃO PAULO***…apresentado no Lançamento da “Marcha das Mulheres Negras 2015” na Capital/SP… ATENÇÃO Companheiras integrantes do Núcleo Impulsor Regional/Sudeste do Fórum Estadual e dos COMITÊS MUNICIPAIS/SP…ATENÇÃO: PARA O MANIFESTO DO ESTADO DE SÃO PAULO… AXÉ!!!…

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MANIFESTO DO NÚCLEO IMPULSOR DO ESTADO DE SÃO PAULO PARA A “MARCHA DAS MULHERES NEGRAS 2015″ em Brasilia/DF

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